Edificação com um pavimento mais sótão. Uma das paredes laterais é em alvenaria autoportante aparente. Internamente possui uma divisória de alvenaria e as demais em madeira. Cobertura com telhado em 2 águas de telhas francesas, com inclinação acentuada. Aberturas verticalizadas. Janelas e portas com vergas retas. Porta principal em duas folhas. Sofreu acréscimo de alpendre nos fundos, com banheiro, depósito e forno, tendo as telhas originais (tipo rabo de castor) substituídas por telhas francesas. (IPHAN, 2009).
A Casa Eichendorf, construída nos primeiros anos do século XX por Gustav e Josefina Eichendorf, é um excelente exemplar de duas técnicas construtivas tradicionais da arquitetura utilizada pelos colonos descendentes de alemães em Santa Catarina: a estrutura enxaimel e a alvenaria auto-portante.
A estrutura enxaimel é constituída de peças de madeira falquejada de aproximadamente 16x16cm, preenchida com tijolos cerâmicos maciços na parede externa na fachada sudoeste e com taipa de mão em algumas paredes internas. Existe ainda uma parede interna de madeira. Nas fachadas lateral nordeste, frente e fundos, a estrutura é de alvenaria auto-portante, com pilares compostos por fustes, bases e capitéis. A varanda é de madeira, assim como os pisos e a sua estrutura.
Gustav teria nascido em 20 de fevereiro de 1878, porém não se sabe ao certo se ele teria vindo da Alemanha ou se já teria nascido no Brasil. Casando-se com Josefina, nascida em 23 de janeiro de 1888, construíram a casa para viver e criar sua família.
Gustav e Josefina possuíam grande quantidade de terras nas proximidades da casa, onde plantavam principalmente trigo. Gustav veio a falecer em 26 de março de 1933, e Josefina em 29 de abril de 1953. Tiveram sete filhos, entre os quais, Gustavo Eichendorf, que em 1947, casa-se com Edeltraut Ropke.
Gustavo e Edeltraut, após o casamento, se mudam para a casa e lá viveram e criaram seus sete filhos, mantendo a tradição familiar da agricultura, plantando trigo, milho, feijão e outros gêneros alimentícios de subsistência.
A atividade agrícola só teve fim nas últimas décadas do século XX, quando se dá a morte de Gustavo. A partir da morte de Gustavo, Edeltraut começa a vender os bens da família, entre eles, as terras e a casa, indo morar com a filha.
A casa Eichendorf foi então vendida para Alceu Steffen, com quem permaneceu até o ano de 2010, quando passa a ser propriedade do Município de São Bento do Sul.
Fonte: IPHAN
Acesse aqui o vídeo para ouvir o áudio do histórico da Casa Eichendorf
Esfera do tombamento | IPHAN (Federal) |
Endereço | Estrada Dona Francisca, 804 - Dona Francisca |
Processo de Tombamento | P.T. n°: 327/2007 (antigo P.T. 031/2007) - ROTEIRO NACIONAL DE IMIGRAÇÃO |
Ato de Tombamento | Portaria no 56, de 18 de outubro de 2017. |
Proteção | Entorno de 100 metros |
Técnica construtiva | Enxaimel |
Ano de construção | Aprox. 1880 |